By Soaroir
7/5/12
A terapeuta pediu que Grudum , a paciente, olhasse de fora aquele problema.
Assim ela fez. E, como se uma nuvem negra caísse sobre o ultimo objeto de sua salva
guarda, ela ficou a mercê da visão de espectador. Amofinou-se de veras ao olha
para aquela coisa absurda que lhe acontecia.
Naquele Sábado, ao retornar para as faculdades além da alma,
morais e intelectuais, ou seja, a realidade, destampou uma cerveja forte e racionalizou. Lembrou-se
de obsoletas máximas que não mais se aplicavam àquele século. Na parede releu, na reminiscência do despejo, a gravura com a carta de van Gogh para Theo, onde ele miserável e humildemente manifesta agradecimentos pelas esmolas e explica como usou o dinheiro que recebeu pela venda de seus próprios quadros. Mon Cher Theo... merci de ta lettre contenant les échantillons , anexando um esboço que justifica sua necessidade de mais material. Pobre ser ingênuo... como todos com alma feita de tinta.
Gostei de teu conto, realmente é uma visão interessante, uma maneira de fazer uma auto análise com isenção...
ResponderExcluirParabenjzo-a pelo lindo texto,
Marciali